Já faz um tempo que tenho pensado em como posso
tentar fazer a diferença para contribuir mais com o planeta, mas sem esse
discurso vazio de miss universo sabe? Ando pensando em coisas práticas,
possíveis, afinal eu consumo e também gero lixo e mesmo que as vezes a gente
não queira ver, isso tem influência direta no meio ambiente, na vida das
pessoas e dos animais.
Semana passada eu e meu marido assistimos à
vários documentários que falam desde de como viver com um dólar por dia, até
aquecimento global, dieta vegan e trabalho escravo nas confecções do Camboja.
Até aí nenhuma novidade, levando em
consideração que esses temas estão mais do que batidos e muitas vezes fechamos
os olhos porque é bem mais fácil.
Mas um dos projetos me chamou bastante a
atenção. Ele se chama Sweatshop – Deadly Cheap Fashion e levou três jovens
noruegueses (incluindo uma das blogueiras mais influentes do país), a conhecer
as condições de trabalho escravo para produzir roupas dessas lojas que muita
gente ama: tipo Zara, H&M, entre outras...
Eles tiveram que trabalhar apenas um dia nessas
condições – em uma das empresas que aceitou aparecer no documentário - e com o salário de um dia tiveram que comprar
comida para alimentar 12 pessoas, escovas dente e pasta de dente para os três.
Mas o que mais me chamou a atenção não foi o choque de realidade que tiveram,
afinal no Brasil sabemos que muitas pessoas vivem em condições precárias
também, mas o relato dos trabalhadores que realmente não tem escolha porque só
sabem fazer aquilo na vida e entram num círculo vicioso que os leva a ser
escravizados porque precisam comer, isso sim é foda!
Então pensei: quer dizer que para eu ter uma roupa da
H&M por 10,00 dólares alguém lá no Camboja precisa ser escravo e produzir
peças por centavos? Tô fora!!! E é esse tipo de consciência que quero pra minha
vida. Poder pensar de onde vem aquilo que consumo, para não ser responsável por condições horrendas de trabalho ou por maus tratos a animais.
Por isso comecei a pesquisar mais e achei na internet um app chamado
Moda Livre que avalia os principais grupos varejistas brasileiros e mostra a avaliação com relação ao trabalho escravo associado a marca. O app traz mais de 45 marcas, mas ainda é pouco para percebermos a extensão do problema.
E o problema não está só na roupa que usamos... Está também na maquiagems, na comida que comemos, no refrigerante que tomamos, nos briquedos, em absolutamente tuuuudo! E é de cortar o coração ver que nós contribuimos com tanto sofrimento em nome do consumo.
Além da criação do app, o site Repórter Brasil também traz um link de consulta do que eles chamam da Lista Suja do trabalho escravo. Basta colocar o nome da empresa ou CNPJ que você consegue saber se aquela loja que você ama comprar suas roupinhas está atrelada ao trabalho escravo.
E aí uma pergunta que vem na minha cabeça é: precisamos mesmo disso?
Beijos!!!
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