segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Monday Morning: Cosumo consciente



Já faz um tempo que tenho pensado em como posso tentar fazer a diferença para contribuir mais com o planeta, mas sem esse discurso vazio de miss universo sabe? Ando pensando em coisas práticas, possíveis, afinal eu consumo e também gero lixo e mesmo que as vezes a gente não queira ver, isso tem influência direta no meio ambiente, na vida das pessoas e dos animais.

Semana passada eu e meu marido assistimos à vários documentários que falam desde de como viver com um dólar por dia, até aquecimento global, dieta vegan e trabalho escravo nas confecções do Camboja. 

Até aí nenhuma novidade, levando em consideração que esses temas estão mais do que batidos e muitas vezes fechamos os olhos porque é bem mais fácil.

Mas um dos projetos me chamou bastante a atenção. Ele se chama Sweatshop – Deadly Cheap Fashion e levou três jovens noruegueses (incluindo uma das blogueiras mais influentes do país), a conhecer as condições de trabalho escravo para produzir roupas dessas lojas que muita gente ama: tipo Zara, H&M, entre outras...

Eles tiveram que trabalhar apenas um dia nessas condições – em uma das empresas que aceitou aparecer no documentário -  e com o salário de um dia tiveram que comprar comida para alimentar 12 pessoas, escovas dente e pasta de dente para os três. Mas o que mais me chamou a atenção não foi o choque de realidade que tiveram, afinal no Brasil sabemos que muitas pessoas vivem em condições precárias também, mas o relato dos trabalhadores que realmente não tem escolha porque só sabem fazer aquilo na vida e entram num círculo vicioso que os leva a ser escravizados porque precisam comer, isso sim é foda!

Então pensei: quer dizer que para eu ter uma roupa da H&M por 10,00 dólares alguém lá no Camboja precisa ser escravo e produzir peças por centavos? Tô fora!!! E é esse tipo de consciência que quero pra minha vida. Poder pensar de onde vem aquilo que consumo, para não ser responsável por condições horrendas de trabalho ou por maus tratos a animais.

Por isso comecei a pesquisar mais e achei na internet um app chamado Moda Livre que avalia os principais grupos varejistas brasileiros e mostra a avaliação com relação ao trabalho escravo associado a marca. O app traz mais de 45 marcas, mas ainda é pouco para percebermos a extensão do problema.



E o problema não está só na roupa que usamos... Está também na maquiagems, na comida que comemos, no refrigerante que tomamos, nos briquedos, em absolutamente tuuuudo! E é de cortar o coração ver que nós contribuimos com tanto sofrimento em nome do consumo. 

Além da criação do app, o site Repórter Brasil também traz um link de consulta do que eles chamam da Lista Suja do trabalho escravo. Basta colocar o nome da empresa ou CNPJ que você consegue saber se aquela loja que você ama comprar suas roupinhas está atrelada ao trabalho escravo.

E aí uma pergunta que vem na minha cabeça é: precisamos mesmo disso? 

Beijos!!!

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